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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Bem nos fodem.




Após a vitória de Sarkozy na França, um lobo com pele de ovelha, fica já claro o repunte da direita mais reaccionária, sob a bandeira da pseudo-democracia, e o fim do espírito do maio do 68. Ao home já lhe é extranho o que lhe concerne a si próprio e assasinou-se o “nada do que é humano me é alheio”. Nom é, para variar, o Estado espanhol umha excepçom. Todas aquelas múltiplas propostas do PSOE em política social nom se puiderom aplicar pola impenitente pressom do PP que as condenarom ao mais absoluto ostracismo, por meio dumha estrategia agresiva de criminalizaçom da esquerda -téctica compartida polos fascitas partidários da administraçom Bush- e porque o PSOE já é simplesmente Partido Españolista, pois esqueceu-se fai tempo dos obreiros e do socialismo.
No nome da democracia e a liberdade Rajoi e Zapatero procuram a exclusom das organizaçons políticas de esquerda, nomeadamente daquelas que incidam na autodeterminaçom das derradeiras colónias do Estado espanhol, e a consolidaçom dum bipartidismo que reduzca a democracia a um rife-rafe entre dous partidos, como na Restauraçom: moderados e conservadores.
O último capítulo desta satanizaçom da esquerda vemo-lo en Euzkal Herria com a ilegalizaçom de toda a esquerda abertxale, inclusive daquelas opçons que rem tinham a ver com Batasuna, como é o caso de Acçom Nacionalista Vasca (ANV).
ANV é umha formaçom política que destacou na loita anti-fascista na Guerra Civil e também na liberaçom da França durante a II Guerra Mundial, assim o próprio De Gaulle ficou surprendido quando o batalhom Guernika entouçou o ejército francês e penetrou em Paris desfilando com unha ikurriña e a bandeira do partido. Portanto, o ANV leva existindo quase oitenta anos e no PP devia-no saber bem quando a administraçom “asnar” os indemnizou com perto de sete milhons de euros por as incautaçons sufridas durante o franquismo; já nom importa a verdade? Semelha que nom, agora mediante os mass meia qualquer político com vocaçom de ditador pode criminalizar a quem queira, aliás, os meios de desinformaçom ao serviço dos poderes económicos som o instrumento mais prezado do Estado espanhol para proceder a imposiçom do único credo oficial possível: o espanholismo.
Além disto, sim é certo que ANV participou na formaçom frentista de Herri Batasuna
[1], mas nunca em Batasuna, partido criado em 2001 e em cujo processo de formaçom nom interviu o devantito partido, porém o caso para os espanholistas é gajar e fazer barulho. Portanto, fica às claras que a Lei de Partidos é umha carta de liberdade para acabar desde umha suposta “legalidade” com as opçons contestárias e independentistas, um documento, que como a Constituçom, é interpretado segundo convenha e orientando o tinglao rumo ao domínio da oligarquia imperialista espanhola.
Esta oligarquia ficava moi leda perante o sucesso que obtivo a reuniom das Açores, aos seus olhos
[2], entre “Asnar”, Blair e Bush a tríade fascista reforzada agora com Sarkosy, apoiado em toda a campanha por quatro das agencias de notícias mais grandes do mundo (dominadas polo lobby sionista) mais umha outra francesa (que junto a outra inglesa controlaram aginha o 90% das notícias internacionais).

Esta direita é sumamente reaccionária e sonsa, mas viste-se de legalidade e democracia, assim agocham os recortes das liberdades individuais e colectivas sob as suas sujas políticas repressivas, quer dizer, no nome disso que eles chamam segurança. Mas, aos nacionalistas galegos nom se nos escapa que mentres condenam a violência de ETA o PP nunca fixo o próprio com o golpe militar do 36, nem o PSOE com a violência crudentíssima dos GAL... até onde quere chegar a sua hipocrisia? Por descontado, o PP tampouco tivo a bem pedir perdom polas matanzas perpretadas no Iraque, nem o PSOE reconhece a situaçom bélica que se vive no Afganistam. Uns matam em nome de deus e outros no do petroleo. Aliás, porque ninguém impugnou ainda as listas da extrema direita (falangistas, pró-nazis e demais ralea) apresentadas en numerosas populaçons do Estado espanhol? A que jogam os políticos mesetéiros?

Cômpre que a mocidade se sensibilice e creia num outro mundo, pois os diversos Foros Sociais Mundais demostrarom que outro mundo é possivel, que a utopia é factível quando o povo deixa de ser masa, ou seja, quando o espírito crítico do individuo se revela contra a manipulaçom à que o somete o sistema Imperialista e Neoliberal. Hai que agir na medida das nossa possibilidades, por exemplo nom sendo partícipes das suas mentiras e calumnias e cismando no espalhamento das ideias progresitas, das que hoje o nacionalismo é vangarda, postulando a desalienaçom dos povos sem estado e liberdade do home. Por cima da lei está o home, e a lei deve estar ao nosso serviço, no entanto desejam esclavizar com a lei.
Desde a Galiza também se contrói um outro mundo. Um mundo onde a UE poida ser umha assambleia entre povos livres e iguais entre cidadans que se falem como irmaos num mundo mais justo e com menos ricaços, a utopia de Celso Emilio, a utopia de Castelao, a utopia de Marx, a utopia de Beiras... e de tantos outros homes que derom e dam a sua vida por um mundo livre, igualitário, fraternal e sustentável.

[1] Lembre-se que HB nom foi ilegalizada em nemgúm intre da sua existência.
[2] Galiza Nova em todo momento denunciou a guerra imperialista do Iraque. O PP é tam demócrata que quando n’ O Hórreo José Manuel Beiras pediu um minuto de silêncio a respostarom com gargalhadas e mofas; a sua indecencia moral nom tem límites.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vejo que estades abertos a todas as ortografias posíveis do galego, do qual gosto, já que nom é muito corrente nos têmpos que correm. Um saúdo nacionalista desde Compostela e Galiza ceive!