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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Umha outra doma e castraçom da Galiza

Novas com ruído

O 30 de Maio de 1631 apareceu o primeiro número do jornal La Gazzette, fundado polo cardeal Richelieu, mentor do Rei-Sol francês, anacrónico faraó. Em 1880, Jonh Swinton indicava:

«Nom existe em América imprensa livre e independente. Vocês sane-no melhor coma mim. Nengum de vocês se atreve a escrever a sua opiniom honestamente e sabem tamém que se o fam nom serám publicadas. Pagam-me um salário para que nom publique as minhas opinions e todos sabemos que se nos aventuramos a fazê-lo toparem-nos na rua imediatamente. O trabalho do jornalista é a destruiçom da verdade, a mentira patente, a perversom dos factos e a manipulaçom da opiniom [pública] ao serviço das potencias do dinheiro. Somos os instrumentos bem-ensinados dos poderosos e dos ricaços que movem as cordas trás bastidores. Os nossos talentos, as nossas faculdades e as nossas vidas pertencem- lhes. Somos PROSTITUTAS DO INTELECTO. Todo isto sabe-no vocês melhor ca mim».

O poder exerceu sempre um férreo controlo sobre da informaçom e procurou elitizá-la o máximo possível, para que só os poderosos podam informar, por exemplo co imposto do Timbre que Inglaterra estabeleceu no 1712 para perpetuar a ignoráncia do povo. Hoje parece-nos que estamos moi informados: televisom, jornais, rádio, Internet, livros... Porém, o império da notícia continua a ter os mesmos objectivos e a ignoráncia é fim último dos que procuram legitimar as suas posiçons de força: «olhos que nom vem, coraçom que nom sente». Na actualidade, opta-se pola sobre-informaçom, que gera ruído e nom verdadeiro conhecemento.


Esquematicamente, podemos analisas a relaçom entre o empório político-mediático e a Galiza segundo os seguintes critérios apontados por Iñaki Gil de San Vicente para Euzkadi[1]:

a.- Ocultismo dos problemas: a censura, a repressom policial, as razons históricas da esquerda arredista e dos que defendem os direitos individuais e colectivos em geral, versons esperpénticas de realidades e problemáticas sociais como o terrorismo empresarial ou o terrorismo machista.

b.- Versons sobre da razom de Estado na política internacional: a imprensa galega[2] criminaliza qualquer recalcitramento nacional e atafega qualquer tentativa de independência informativa co recurso à exaltaçom da inquestionável, intangível e infalível democracia espanhola.

c.- Recriaçom do nacionalismo espanhol: defesa pública e continuada do imperialismo espanhol e profundo desprezo dos traços identitários do povo galego, minimizando a sua visualizaçom por parte dos seus membros, através do seu uso só para novas relacionadas co folclore e a cultura e por meio dumha vestimenta ortográfica espanholizante para a nossa língua, o qual a fai invisível polas ruas e claramente subordinada ao espanhol na imprensa escrita, ou seja, umha língua em sapatilhas para andar pola casa dum e pouco mais[3].

d.- A image do poder ou a imprensa cor-de-rosa: de grande capacidade alienante e estoudante. É a fabrica de ignoráncia por excelência. Mediante a glorificaçom do banal, supérfluo e irrelevante nem tam sequer é preciso mentir ou ocultar realidade algumha.



[1] De facto, estes pequenos apontamentos devem-lhe moito ao seu artigo “Prensa, arma de contrainsurgencia. Guerra de baja intensidad e industria de la manipulación” que se pode topar em www.lahaine.org

[2] X.M. Beiras Torrado no Atraso económico de Galiza indica a perfeiçom como no colonialismo interior a burguesia autóctone é dependente e periférica a respeito da da metrópole e, portanto, reproduzem os esquemas da grande burguesia espanhola mimeticamente. Os ataques infundado publicados no jornal espanhol El País a Tareixa Táboas som um exemplo mais disto.

[3] Aliás, os mass meia conseguírom que o contacto co espanhol da totalidade da populaçom fosse a cote, o qual potenciou nom apenas o conhecemento do castelhano, mas tamém o seu reconhecemento como língua de prestígio e promoçom social. Nisto incidírom tamém os indianos e a perseguiçom política, um lote completo para o extermínio cultural dum povo junto à negaçom da sua história e a manipulaçom sistemática do legado dos arredistas mais notáveis da nossa terra coma Castelao, que mesmo pode ser vindicado na actualidade polo PP.

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