


O curso 2007-2008 foi quiçais o de maior incidência até agora do Plano, sobre de todo polos numerosos protestos que se venhem fazendo na Galiza contra a sua implantaçom. Se fai 30 anos nascia ERGA como unha necessidade de artelhar ao estudantado da Galiza, agora a altura histórica nom é moito melhor que hai três décadas.
As declaraçons de Bolonha, Praga e Berlim vinhérom desenhando um modelo de educaçom supra-estatal, que permitirá umha maior mobilidade estudantil e umha convergência de conteúdos a nível europeu. Até aqui todo bem. Mas, após ver o intento de “Constituiçom do mercado” da UE, era inevitável que se convertê-se numha reforma ditada pola economia de mercado. O Imperialismo nom hesitou nem o mais mínimo à hora de inserir-se na educaçom superior e serám as empresas quem ordenem quais som as carreiras úteis e quais nom, quais os doutorados acaídos e quais nom. Nom esqueçamos que o processo de Bolonha arrinca do Espaço Europeu de Educaçom Superior (EEES) impulsado pola Organizaçom Mundial do Comércio como conseqüência da criaçom do acordo sobre do Comercio dos Serviços (GATS). A partir de agora o estudantado passará a ser mao de obra barata para o grande capital e será impossível estudar trabalhando ou realizar actividades associativas pola simples razom de que terám que currar oito horas diárias.
Co novo marco de educaçom superior o estudantado ficará supeditado a grande indústria e os seus interesses e atacará-se qualquer ciência que nom seja útil para o mercado, supeditando-a a outras ou desprestigiando-a, tal é o caso das Humanidades. Tamém se apostará pola Europa dos estados e nom dos povos, portanto, o galego será ainda mais marginalizado e perderá um outro espaço em favor do castelhano... disfarçando-se por trás da necessidade de europeizar-se, por um acaso os galegos nom somos europeus por nom falar francês, alemám, inglês ou espanhol? Castelhanizar ainda mais à Galiza? Se é assí esta nom é a Europa dos povos e dos trabalhadores, verdadeira célula universal de convivência, que moitos desejamos.
No entanto, nom podemos fechar esta breve reflexom sem fazer notar que o plano tem aspectos positivos, ainda que se vejam totalmente embafados polos interesses de Sam Mercado e podam incidir numha perda de valores e formaçom culturais. Aliás, resulta pouco gratificante olhar as dissensons internas que se dam no seio das assembleias de estudantes entre diversas tendências políticas (independentismo, anarco-sindicalismo, espanholismo de esquerdas...), divide e vencerás; ou a focalizaçom que algumhas faculdades fam do conflito, nomeadamente em Ciências Políticas, onde o estudantado atacou o Plano de estudos, mas nom o Plano de Bolonha que o sustenta. A mocidade nacionalista de Chantada nom pode mais que solidarizar-se com todo o estudantado galego e animá-lo a reagir para evitar que a nossa posiçom seja somente a de testemunhas de passo. Estudantes da Galiza, unide-vos contra os que desejam hipotecar o vosso futuro.
O caso Maria Sam Gil na Faculdade de Económicas
A raiz do protesto contra a conferência de Maria San Gil, presidenta do Partido Popular em Euzkadi desatárom-se numerosos protestos noutras zonas do Estado, como em Catalunya ou em Madrid, neste último caso o boicote exerceu-se contra Rosa Diez, umha nacionalista espanhola que propom a supressom da palavra nacionalismo para trocá-la por autonomia (sic).
Porém, voltando a Galiza bate coa realidade a análise que se debulhou na maior parte dos meios de comunicaçom e que nom responde à realidade, senom que se inscreve na campanha de acosso e derribo de qualquer posicionamento independentista. Os feitos do 12 de Fevreiro tivérom como conseqüência que se revestisse dumha aureola de santidade a quem nom fai tanto tempo boicotava um acto Josu Jon Imaz, dirigente do Partido Nacionalista Basco. O mundo às avessas.
Independentemente do condenável que podam ser algumhas consignas ali ouvidas, resulta paradigmático o desconhecimento que grande parte da sociedade tem sobre o posicionamento política de San Gil. Esta mulher apoiou o feche de meios de comunicaçom como Egin ou Egunkaria (quando se apresentou aos galegos como defensora da liberdade de expressom), congratulou-se da supressom dos direitos civis de 20% de bascos para os que nom hai democracia e aplaudiu que em Lizartza umha vareadora do PP governe com escassos 27 votos perante os 500 da lista ganhadora (ilegalizada), esta é a sua democracia? Amais, os verdadeiros agredidos fôrom os membros do estudantado que recebêrom os embotes das forças de seguridade lá presentes (quando a polícia nom pode entrar nos Campus sem autorizaçom do reitor), nestes actos é que gastam as matrículas do estudantado?