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terça-feira, 13 de maio de 2008

17 de Maio: dia da língua nacional.



Polo direito a vivermos em galego

Um ano mais celebramos a festa das nossas letras vindicando ainda o uso da única língua própria da Galiza e a plena normalizaçom do galego-português na Galiza. Um ano mais seguimos constatando o desleixo da administraçom, especialmente da Conselharia de Educaçom, que nom mostra vontade algumha de aplicar o novo decreto do galego para o ensino. Um outro ano registramos o nível mais baixo de utentes e o mais alto de espanholizaçom, colonizaçom e alheaçom cultural. Por se for pouco, as agressons sofridas desde sectores assimilistas e, portanto, espanholistas, até se recrudescêrom. Nom é por acaso que galicia bilingüe nascera agora que Fraga já nom rege os nossos destinos... hai quem deseja manter as prevendas e o status quo, o franquismo sem Franco. As prevendas culturais que coidam atingir quatro apátridas alheados, que odeiam o que eles próprios som desde a infinidade da estupidez humana. Prevendas culturais de quita e pom, prestígio social monstruosos baseado, sobretodo, no emprego da língua dominante, imposta, num contexto de colonizaçom cultural, política e económica como é o nosso[1]. Os mesmos que durante cinco séculos fôrom fiéis pendons do espanholismo na Galiza temem agora pola sua amadíssima lengua cervantina, quando é o galego-português o que corre sério risco de desapariçom na Galiza.

Um ano mais, as companheiras e companheiros de Galiza Nova, uniremo-nos à defesa do galego e acudiremos à manifestaçom do 18 de Maio, junto a milheiros de pessoas e colectivos conscientes da situaçom crítica que está a atravessar o nosso idioma; longe das falácias de dogmatismos de opereta como os propostos pola senhora Lago (presidenta de galicia bilingüe). Por todo o já citado, concordamo e subscrevemos o manifesto da Mesa pola normalización lingüística que, a continuaçom reproduzimos:

1.- Consideramos que viver em galego é um direito inalienável das pessoas da Galiza, e um dos direitos humanos elementares que temos como povo. Lembramos que o galego é o único idioma natural da Galiza, e que mesmo o Estatuto de Autonomia o qualifica como “a língua própria” do país, o que nos une como galegas e como galegos. O povo galego tem direito a que a sua língua ocupe todos os ámbitos da vida social próprios de qualquer idioma, com dignidade e com normalidade.

2.- Conseqüentemente, devem existir as garantias para podermos viver em galego, o que exige compromissos, assí como a aplicaçom e a adopçom das disposiçons legais necessárias por parte das administraçons públicas.

3.- Denunciamos e alertamos contra os que apontando-se agora à defesa dum suposto bilingüismo, um bilingüismo dumha soa face, pretendem unicamente o mantemento da diglossia e a desapariçom do galego. Ou, o que é o mesmo, a negaçom do direito colectivo à normalidade de usos da nossa língua em todos os ámbitos.

4.- Chamamos ao compromisso pessoal de todas e todos coa língua galega. Usemo-la em todos os ámbitos: começando pola família, coas nossas crianças, no nosso trabalho, nas relaçons coa administraçom, no nosso tempo de lazer, etc. O futuro do galego depende de nós.

Finalmente, reiteramos que, desde Galiza Nova, consideramos imprescindível que toda a militáncia do BNG adquira um compromisso inequívoco co idioma empregando-o sempre e em todos os espaços, pois esta é a melhor forma de promovê-lo. A prática lingüística das galegas e dos galegos, nacionalistas e arredistas especialmente, deve ser coerente coa defesa do uso social do galego-português, pois compre que haja paridade entre a ideologia e a praxe de cadaquem. Umha terra, um povo, umha fala!



[1] Incluso devemos falar de colonizaçom lingüística, pois, quando é que imos reconhecer que as vozes do Norte e do Sul do Minho som umha mesma língua com tantas semelhanças e diferenças como podem ter o castelhano e o argentino? De facto, é umha aberraçom, do ponto de vista científico, cair na confusom de identificar fronteira lingüística apenas com fronteira política. A ex república soviética de Moldávia, de fala romanesa, foi obrigada, após a morte de Lenine, a empregar o alfabeto cirílico num intento de russificaçom. No entanto, quando Moldávia atingiu a independência recuperou o alfabeto latino e reintegrou-se no espaço lingüístico comum que compartilha coa Roménia. Que cada quem tire as conclusons que considere oportunas.

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