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quarta-feira, 14 de maio de 2008

A mocidade arredista de Chantada contra o especulaçom capitalista no ensino e no leite

1.-Até a vitória sempre: sem loita nom hai esperança, sem esperança nom hai êxito possível



1.1.-Universidade à bolonhesa

Os companheiros/as de Galiza Nova de Chantada compartilhamos co estudantado galego a greve do 28 de Março, em protesto pola desmesurada suba das taxas e pola implantaçom do Plano Bolonha, ou seja, mobilizá-mo-nos perante a privatizaçom e a elitizaçom do ensino, que é o que vem a ser Bolonha.

Bolonha nom vai além de pôr ponto e final a possibilidade dumha universidade pública, universal e de qualidade, pois é umha reconversom industrial aplicada ao ensino e que bebe da mais salvage praxe do neoliberalismo (inspirando-se no modelo ianque e inglês). Se bem é certo que um espaço de educaçom europeu comum poderia ser positivo, o desenho, elaboraçom e aplicaçom do mesmo é totalmente arbitrária, antisocial e anárquica e as suas conseqüências serám, estamos seguros, terríveis, pois rebaixará ainda mais o nível formativo do estudantado, inçará o trabalho precário, elitizará a universidade (as bolsas desaparecem e substituem-se por créditos brandos), converterá às humanidades em párias do saber (a insultante reforma do bacharelato vai por aí) e aos graduados em simples força de trabalho, precária e explorada... É este o ensino que queremos para a Galiza do futuro? É este o mundo cara o que queremos caminhar?

Os estados capitalistas anteponhem os meios materiais aos humanos, mas com esta reconversom industrial do ensino morrerá definitivamente o homo sapiens para dar pé ao home-máquina, o super-home do neoliberalismo, o homo industrialis, ou o que é o mesmo o baleiro existencial absoluto. Embora a brincadeira poda parecer exagerada, a orientaçom que se lhe dá à ensinança e, portanto, à sociedade, é a de alheá-la ainda mais e marginar as ciências humanas, pois nom é bom que as pessoas pensem por si próprias, isso nom lhe interessa ao sistema... Quiçais fosse melhor investir primeiro em capital humano e logo em capital material. Porque na Galiza fam falha mais médicos e Cuba pode pôr milheiros deles (ou de mestres) manhá em qualquer parte do mundo?

1.2.- Divide e venderás

«Moita gente – moça ou velha- confunde revoluçom com rebumbio, sem se decatar que o rebumbio é cousa adjectiva, nom substantivamente unida à ideia de revoluçom. (...) Nom queremos com isto negar a eficácia do berro, e si só a do berro mal fundado e sem conteúdo, que por vezes xurde case unicamente das ganhas de berrar. Sinceridade, valentia, exultaçom, atitude afirmativa ou rebelde: todo isso está moi bem quando se pensa o que se di»[1].

No entanto, polo de agora, o Ministério de educaçom está levando avante o Plano sem umha oposiçom coordenada, esquemática e unida (que nom implicaria uniformidade). Destarte, ainda que em Sevilha, Catalunya ou Madrid houvo protestos notáveis, o estudantado fica dividido em irrisórias agras ideológicas de ninguém que só beneficiam aos mesmos de sempre. Concretamente, na nossa naçom percebeu-se com total nitidez este facto. Doe-nos reconhecê-lo, mas como assistentes sentimo-nos avergonhadas/os perante a divisom, a confrontaçom inútil e a indiferença da maioria, todo hai que dizê-lo, que prefere ir protestar polo feche dos pubs e discotecas às seis da manhá a defender o seu futuro, o dos seus irmaos e irmás e o dos seus filhos e filhas... nom som bons tempos para SER só para TER.

A greve (cast. huelga) do outro dia foi um esperpento, permita-se-me o castelhanismo, onde os membros duns sindicatos insultavam aos outros, por ver quem era mais radical. O normal teria sido unir-se à manifestaçom de CIG-ensino, ou quando menos fazer umha unitária entre AGIR, CAF e o Sindicato de Estudantes, mas nom. Cada um polo seu vieiro, caindo no absurdo, no ridículo, no infantilismo político maior que lembro em moito tempo. Como é que nos vam tomar a sério se nós próprios actuamos como inconscientes?

Entom, a ver se entre todos imos aprendendo que ser radical nom é barulhar mais ca o contrário, que nom é fazer destroços, nem pintadas num Telepizza (para que logo as limpe a mesma trabalhadora explorada a que dim defender), nem ser mais guay ca ninguém. Ser radical acho que é defender as ideias próprias desde o convencimento e as convicçons próprias, mas empregando o que na Galiza chamamos sentidinho, ou seja, estabelecendo umha praxe política com prioridades acordes a cada conjuntura histórica e reconhecer as verdadeiras ameaças, unindo-se aos que compartem a loita, ou por acaso os bolcheviques nom se coligárom cos mencheviques quando a situaçom o requereu?

Finalmente, quigéramos rematar num tom menos pessimista chamando a acçom conjunta da mocidade galega perante um problema e um inimigo comum, mas o céu segue coberto de nuvens que nom deixam vê-lo sol de Maio. Terra a nossa!

2.- O rural dá um passo histórico graças à lavoura do BNG na Junta de Galiza


Assemade, estivemos presentes o passado dia 30 de Abril na manifestaçom que convocou o Sindicato Labrego Galego e à que se somárom outras forças sindicais, para vindicar condiçons de produçom dignas para os nossos labregos. Certamente, a concentraçom foi seguida por milheiros de pessoas, o qual dá idea da situaçom de desesperaçom dos nossos gandeiros perante a precaridade que sofrem pola especulaçom dos grandes grupos lácteos, sobre de todo os de capital estrangeiro, polo que compre agir na constituiçom dum grupo lácteo galego que seja competitivo e garanta certa estabilidade no mercado estatal. Contodo, desta volta semelha que os protestos terám resultados positivos, pois o conselheiro de Meio Rural vem de anunciar a aprovaçom do contrato homologado neste mês de Maio, que foi aplaudido polos sindicatos e que agardemos poda implicar a sério à indústria.

No entanto, para as trabalhadoras e trabalhadores do rural galego a batalha nom rematou e o próximo grande repto desta soterrada “reconversom” do nosso agro (que começou em 1986 coa entrada na UE) será enfrentar-se com garantias à desapariçom da quota láctea, pois isto acentuará ainda mais no livre mercado e os nossos gandeiros nom podem competir em igualdade de condiçons com ingleses, franceses ou alemáns. Algumhas ameaças para o futuro serám:

A.- a baixada do leite devido ao minifúndio, que provoca a dependência de forrages (cada vez mais caros pola especulaçom traçada encol o biodiesel) e que se retroalimenta polo endevedamento milionário das explotaçons em maquinária e quota láctea (o Estado espanhol nom a repartiu de balde coma o francês e foi campo de especulaçons e hiperinflaçons até que a Junta de Galiza botou mao dela);

B.- cooperativismo moi precário, devido ao passo “violento” dumha economia pré-capitalista a umha outra inserida no neoliberalismo, o qual incide na perda de atractivo do rural para a gente nova, pois, agá nas SAT's, requere 365 dias de adicaçom ;

C.- escassa mecanizaçom ou mecanizaçom deficiente, que se explica polo endevedamento dos nossos gandeiros já denantes explicado;

D.- e, quiçais, o mais importante, baixa formaçom dos labregos, que ocasiona fortes dependências, por exemplo: veterinários, reparaçons mecánicas, escassa qualidade genética dalgumhas gandeirias e, porque nom, cair nas poutas de certo caciquismo ou clientelismo ainda hoje vivo. Felizmente, os novos trabalhadores agrários parece que estám dando-lhe a volta a esta situaçom...

Em conclusom, o contrato homologado suporá um passo de gigante na estabilidade financeira das nossas explotaçons, mas, perante um panorama sem quota láctea iminente, o sector deve reagir de imediato e as diversas administraçons devem impulsá-lo, pois, na Galiza, o sector agrário segue a ser fundamental. Saúde e terra!


[1] Rafael Dieste: “Mozos mais non energúmenos”, El Pueblo Gallego , 10-Fevereiro de 1926.

3 comentários:

AFP disse...

A última deste filho de la grandíssima putana é umha ofensiva contra o povo zigano, colectivo social culpado de criminalidade (a cantinela é-me familiar) e que será perseguido. Nom se inviste em educaçom e formaçom das novas geraçons ziganas, nem sequera em dignificar as suas condiçons de vida. Nom sai mais barato colgar-lhes o letreiro de DEI JUDEN



http://www.gznacion.com/web/
notic.php?ide=8370

AFP disse...

Com esta mensagem queremos agredecer o teu apoio ao Manifesto "A Nossa
Língua é Internacional", promovido pola Associaçom Galega da Língua
(AGAL), com motivo do Dia das Letras para contribuir a umha ampla
manifestaçom em prol da normalizaçom lingüística e a defesa dos
direitos lingüísticos até hoje impunemente conculcados na Galiza.
Agradecemos também a difusom do texto para conseguir o maior número
possível de adesões:
http://www.agal-gz.org/manifesto08

Desde a AGAL consideramos mui importante que a manifestaçom do próximo
18 de Maio seja umha demostraçom clara da firme vontade do povo galego
de normalizar a Língua, que poda contribuir para umha revisom da
política lingüística desenvolvida polos poderes públicos num sentido
realmente normalizador.

Encorajamos-te, portanto, a participares na manifestaçom que sairá o
próximo 18 de Maio da Alameda de Compostela às 12 da manhã, apoiando a
visibilizaçom do nosso movimento cívico em defesa da língua,
juntando-te às organizações reintegracionistas que portem faixas
próprias. A faixa da AGAL levará o mesmo lema do Manifesto: "A Nossa
Língua é Internacional". Informamos também que desde sectores
reintegracionistas foi proposto portar cartazes co nome das
localidades dos manifestantes em ortografia galego-portuguesa ou levar
toalhas de mesa (veja-se
http://www.agal-gz.org/modules.php?name=News&file=article&sid=4322).

Pensamos também ser imprescindível o reforço das organizações em
defesa dos direitos lingüísticos galegos e portanto pedimos-che o teu
apoio e, caso ainda nom formes parte de algum dos diversos colectivos
normalizadores reintegracionistas, convidamos-te a mostrar esse apoio
e contribuir a esse fortalecimento organizativo imprescindível para
dar resposta colectiva aos reptos derivados da defesa dos nossos
direitos através da AGAL:

http://www.agal-gz.org/modules.php?name=Sections&op=viewarticle&artid=2

Agradecendo novamente o teu apoio ao manifesto, ficamos ao teu dispor.

Cumprimentos,

José Manuel Outeiro
Secretário do Conselho da AGAL
http://www.agal-gz.org

AFP disse...

O contrato homologado galego proporciona estabilidade e un cambio estrutural na realidade do sector lácteo

Momento da reunión da Mesa do Leite
A sinatura do Contrato Homologado foi asumida nun primeiro momento polo sector cooperativo, a maioría das organizacións agrarias e un número de industrias que supoñen preto do 60% da recollida de leite en Galiza, coa posibilidade contemplada no anexo do propio documento de que se vaian sumando máis organizacións ou industrias no futuro.

Santiago de Compostela, 23 Maio 08.- O Contrato Homologado para o sector lácteo asinado onte na Mesa do Leite contempla unha serie de índices de carácter obxectivo para referenciar o prezo que acorden industrias e produtores, que o converten nun modelo axeitado á realidade do sector para dotalo de estabilidade. Os índices que servirán como base para referenciar os prezos son os publicados polo Observatorio do Séctor Lácteo Galego, que se calculan atendendo á estrutura dos custos de produción das explotacións galegas, á evolución do prezo final percibido polos produtores desagregado en prezo base e distintas primas, e ao mercado de consumo final de produtos lácteos no Estado Español e europeo, así como outros que se poidan incorporar. Deste xeito e a través destes índices adoptatos por consenso de todos os axentes participantes na Mesa do Leite desde hai case un ano, o modelo de Contrato Homologado Galego supera unha situación estrutural.

Por outra banda, o contrato asinado na Mesa do Leite establece unha duración mínima de seis meses, o que se traduce en estabilidade por parte do modelo galego. Cabe destacar, ademais, que inclúe o modelo de recibo e do esquema de primas acordado polos axentes do sector lácteo galego. Este acordo sobre o modelo de recibo e as primas establece que todos os produtores que lle entregan ás mesmas empresas cobraron o mesmo prezo polo leite tipo e as mesmas primas unitarias ligadas á calidade, e limita as diferenzas de prezo que poidan existir entre os produtores por razóns de tamaño, un acordo sobre o modelo de recibo acordado con anterioridade na Mesa do Leite de Galiza. Por último sinalar que o modelo galego establece o compromiso de constituír unha Comisión de Seguimento de ámbito galego, e no caso de desacordo no seo da Comisión de Seguimento entre as partes, remítese a unha arbitraxe por parte de árbitros nomeados pola Consellaría do Medio Rural sen ter recurrir á xustiza, o que axiliza este suposto.

O Contrato Homologado recolle deste xeito o traballo que os diferentes axentes do sector viñan facendo a través da Mesa do Leite e coa súa sinatura na xuntanza de onte dáse luz verde a un novo período para dotar ao sector de estabilidade e normalizar as relacións contractuais entre produción e industria. Na sinatura fundacional do contrato están contemplado o sector cooperativo, a maioría das organizacións agrarias e un número de industrias que supoñen o 60% da recollida de leite de Galiza, se ben cabe a posibilidade recollida no anexo do propio documento de que se vaian sumando máis organizacións e industrias a este acordo no futuro.