Antom Fente Parada, 28 de Dezembro de 2007.
Esta manhá a geada era a rainha das ruas quando chegou até mim a triste nova. O estandarte mais visível da democratizaçom do Paquistám acabava de cair assassinada num brutal atentado, o enésimo desque chegara do exílio hai apenas dous meses.
Foi-me impossível nom sentir um sentimento de empatia coas forças vivas dum povo sumido na divisom e a confrontaçom entre democracia e autoritarismo, a mesma que durante moito tempo mantivérom avôs e pais dos filhos da democracia. Nom fôrom poucos os que caírom na Galiza por defenderem a democracia e as liberdades, como tampouco som poucos os que hogano nom poupam esforços pra atacar o sistema político plural. Contodo, o pior nom é isso, senom que moitos democratas semelha que desejam tirar todo ao fundo do balde do lixo e voltar ao velho «todo para el pueblo, pero sin el pueblo» e os que lembramos a etapa asnar sabemo-lo bem.
Nas últimas legislaturas os democratas fomos testemunhas do menoscabo contínuo da verdadeira ideia de democracia, de toleráncia e de diálogo. Recortárom-se direitos individuais por la gracia de la Seguridad e fai-se passar por terrorista a um indivíduo qualquer que nom comungue coa doutrina oficial PSOE-PP-Casa Real ou que vindique os direitos mais elementares das naçons sem estado, vendendo-nos democracia, toleráncia, multiculturalismo, descentralizaçom e nom sei quantas mentiras mais[1]. Entom, quem dinamita esta democracia? Som vários os seus inimigos.
Dumha banda estám os agentes endógenos, como o bipartidismo monárquico PSOE-PP; a distáncia do cidadao a respeito das instituiçons (que se traduz no «todos os políticos som iguais» e «a política é apenas boa pròs políticos»), a exclusom na prática dos assuntos de estado das forças nacionalistas (a anti-Espanha do pensamento fascista), quando advogam claramente polo respeito, o diálogo e por umha possível república federal ibérica, solidária, livre e coerente co direito a autodeterminaçom dos povos, prà que, por certo, nom está preparado ainda o imperialismo meseteiro[2]. Doutra banda, topamos os agentes exógenos, como o Imperialismo e o neocolonialismo, o credo das pistolas e a violência que tenta impor modelos fascistas (ningumha ideia política merece verquer umha soa pinga de sangue inocente)...
Nom hai liberdade sem democracia e mitificar a ditadores e pôr óculos de fantasia e padecer de miopia ideológica. Infelizmente, si existe a democracia sem liberdades. É a que recorta a cada passo os direitos individuais e colectivos e cria um permanente estado policial com cidadaos de várias categorias: uns bons, espanhóis, castiços e patriotas de España cañí; outros maus, separatistas e terroristas, polo simples feito de sentir nojo perante o excludente espanholismo (si, EXCLUDENTE)[3]. A que desinforma manipulando os mass meia e a informaçom com jornalistas tam objectivos como Alfredo Urdaci e emprega o terrorismo como arma política criminalizadora de todo o que nom seja a Espanha oficial (eis a AVT). É a democracia que agocha qualquer manifestaçom cultural em galego-português, basco, catalám-valenciano, aranês (ocitano), aragonês ou astur-llionês perpetuando a dominaçom cultural e económica da naçom castelhana (sob o eufemismo de ideia-projecto comum chamado Espanha)... Já Castelao no Sempre em Galiza advertira do perigo dumha Castela multiplicada, como profetizou em 1945 que Joám Carlos I seria o rei de Espanha.
[1] Quanto castelhano ouvimos a cotío galegos, bascos e cataláns todos os dias numha subtil política assimilacionista? Quanto basco, catalám e galego ouvem ou estudam em Albacete ou Madrid? Todos os espanhóis somos iguais ou hai categorias? Talvez seja pertinente perguntar-se quem é o verdadeiro o separatista.
[2] A sacralizaçom da Constituiçom de 1978 é um bom exemplo. Pretende-se impor como verba dei um texto parido hai trinta anos sob a pena do franquismo, nom é a autentica democracia um plebiscito de todos os dias?
[3] Observem-se estas duas declaraçons de dirigentes do Partido Popular feitas durante a legislatura 2004-2008:
a) «El futuro de Navarra lo deciden los navarros».
b) «El futuro del País Vasco lo decidiremos los españoles».
Esta manhá a geada era a rainha das ruas quando chegou até mim a triste nova. O estandarte mais visível da democratizaçom do Paquistám acabava de cair assassinada num brutal atentado, o enésimo desque chegara do exílio hai apenas dous meses.
Foi-me impossível nom sentir um sentimento de empatia coas forças vivas dum povo sumido na divisom e a confrontaçom entre democracia e autoritarismo, a mesma que durante moito tempo mantivérom avôs e pais dos filhos da democracia. Nom fôrom poucos os que caírom na Galiza por defenderem a democracia e as liberdades, como tampouco som poucos os que hogano nom poupam esforços pra atacar o sistema político plural. Contodo, o pior nom é isso, senom que moitos democratas semelha que desejam tirar todo ao fundo do balde do lixo e voltar ao velho «todo para el pueblo, pero sin el pueblo» e os que lembramos a etapa asnar sabemo-lo bem.
Nas últimas legislaturas os democratas fomos testemunhas do menoscabo contínuo da verdadeira ideia de democracia, de toleráncia e de diálogo. Recortárom-se direitos individuais por la gracia de la Seguridad e fai-se passar por terrorista a um indivíduo qualquer que nom comungue coa doutrina oficial PSOE-PP-Casa Real ou que vindique os direitos mais elementares das naçons sem estado, vendendo-nos democracia, toleráncia, multiculturalismo, descentralizaçom e nom sei quantas mentiras mais[1]. Entom, quem dinamita esta democracia? Som vários os seus inimigos.
Dumha banda estám os agentes endógenos, como o bipartidismo monárquico PSOE-PP; a distáncia do cidadao a respeito das instituiçons (que se traduz no «todos os políticos som iguais» e «a política é apenas boa pròs políticos»), a exclusom na prática dos assuntos de estado das forças nacionalistas (a anti-Espanha do pensamento fascista), quando advogam claramente polo respeito, o diálogo e por umha possível república federal ibérica, solidária, livre e coerente co direito a autodeterminaçom dos povos, prà que, por certo, nom está preparado ainda o imperialismo meseteiro[2]. Doutra banda, topamos os agentes exógenos, como o Imperialismo e o neocolonialismo, o credo das pistolas e a violência que tenta impor modelos fascistas (ningumha ideia política merece verquer umha soa pinga de sangue inocente)...
Nom hai liberdade sem democracia e mitificar a ditadores e pôr óculos de fantasia e padecer de miopia ideológica. Infelizmente, si existe a democracia sem liberdades. É a que recorta a cada passo os direitos individuais e colectivos e cria um permanente estado policial com cidadaos de várias categorias: uns bons, espanhóis, castiços e patriotas de España cañí; outros maus, separatistas e terroristas, polo simples feito de sentir nojo perante o excludente espanholismo (si, EXCLUDENTE)[3]. A que desinforma manipulando os mass meia e a informaçom com jornalistas tam objectivos como Alfredo Urdaci e emprega o terrorismo como arma política criminalizadora de todo o que nom seja a Espanha oficial (eis a AVT). É a democracia que agocha qualquer manifestaçom cultural em galego-português, basco, catalám-valenciano, aranês (ocitano), aragonês ou astur-llionês perpetuando a dominaçom cultural e económica da naçom castelhana (sob o eufemismo de ideia-projecto comum chamado Espanha)... Já Castelao no Sempre em Galiza advertira do perigo dumha Castela multiplicada, como profetizou em 1945 que Joám Carlos I seria o rei de Espanha.
[1] Quanto castelhano ouvimos a cotío galegos, bascos e cataláns todos os dias numha subtil política assimilacionista? Quanto basco, catalám e galego ouvem ou estudam em Albacete ou Madrid? Todos os espanhóis somos iguais ou hai categorias? Talvez seja pertinente perguntar-se quem é o verdadeiro o separatista.
[2] A sacralizaçom da Constituiçom de 1978 é um bom exemplo. Pretende-se impor como verba dei um texto parido hai trinta anos sob a pena do franquismo, nom é a autentica democracia um plebiscito de todos os dias?
[3] Observem-se estas duas declaraçons de dirigentes do Partido Popular feitas durante a legislatura 2004-2008:
a) «El futuro de Navarra lo deciden los navarros».
b) «El futuro del País Vasco lo decidiremos los españoles».
1 comentário:
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