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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O Plano Bolonha, umha outra maneira de entender a educaçom?








O curso 2007-2008 foi quiçais o de maior incidência até agora do Plano, sobre de todo polos numerosos protestos que se venhem fazendo na Galiza contra a sua implantaçom. Se fai 30 anos nascia ERGA como unha necessidade de artelhar ao estudantado da Galiza, agora a altura histórica nom é moito melhor que hai três décadas.
As declaraçons de Bolonha, Praga e Berlim vinhérom desenhando um modelo de educaçom supra-estatal, que permitirá umha maior mobilidade estudantil e umha convergência de conteúdos a nível europeu. Até aqui todo bem. Mas, após ver o intento de “Constituiçom do mercado” da UE, era inevitável que se convertê-se numha reforma ditada pola economia de mercado. O Imperialismo nom hesitou nem o mais mínimo à hora de inserir-se na educaçom superior e serám as empresas quem ordenem quais som as carreiras úteis e quais nom, quais os doutorados acaídos e quais nom. Nom esqueçamos que o processo de Bolonha arrinca do Espaço Europeu de Educaçom Superior (EEES) impulsado pola Organizaçom Mundial do Comércio como conseqüência da criaçom do acordo sobre do Comercio dos Serviços (GATS). A partir de agora o estudantado passará a ser mao de obra barata para o grande capital e será impossível estudar trabalhando ou realizar actividades associativas pola simples razom de que terám que currar oito horas diárias.
Co novo marco de educaçom superior o estudantado ficará supeditado a grande indústria e os seus interesses e atacará-se qualquer ciência que nom seja útil para o mercado, supeditando-a a outras ou desprestigiando-a, tal é o caso das Humanidades. Tamém se apostará pola Europa dos estados e nom dos povos, portanto, o galego será ainda mais marginalizado e perderá um outro espaço em favor do castelhano... disfarçando-se por trás da necessidade de europeizar-se, por um acaso os galegos nom somos europeus por nom falar francês, alemám, inglês ou espanhol? Castelhanizar ainda mais à Galiza? Se é assí esta nom é a Europa dos povos e dos trabalhadores, verdadeira célula universal de convivência, que moitos desejamos.
No entanto, nom podemos fechar esta breve reflexom sem fazer notar que o plano tem aspectos positivos, ainda que se vejam totalmente embafados polos interesses de Sam Mercado e podam incidir numha perda de valores e formaçom culturais. Aliás, resulta pouco gratificante olhar as dissensons internas que se dam no seio das assembleias de estudantes entre diversas tendências políticas (independentismo, anarco-sindicalismo, espanholismo de esquerdas...), divide e vencerás; ou a focalizaçom que algumhas faculdades fam do conflito, nomeadamente em Ciências Políticas, onde o estudantado atacou o Plano de estudos, mas nom o Plano de Bolonha que o sustenta. A mocidade nacionalista de Chantada nom pode mais que solidarizar-se com todo o estudantado galego e animá-lo a reagir para evitar que a nossa posiçom seja somente a de testemunhas de passo. Estudantes da Galiza, unide-vos contra os que desejam hipotecar o vosso futuro.

O caso Maria Sam Gil na Faculdade de Económicas

A raiz do protesto contra a conferência de Maria San Gil, presidenta do Partido Popular em Euzkadi desatárom-se numerosos protestos noutras zonas do Estado, como em Catalunya ou em Madrid, neste último caso o boicote exerceu-se contra Rosa Diez, umha nacionalista espanhola que propom a supressom da palavra nacionalismo para trocá-la por autonomia (sic).
Porém, voltando a Galiza bate coa realidade a análise que se debulhou na maior parte dos meios de comunicaçom e que nom responde à realidade, senom que se inscreve na campanha de acosso e derribo de qualquer posicionamento independentista. Os feitos do 12 de Fevreiro tivérom como conseqüência que se revestisse dumha aureola de santidade a quem nom fai tanto tempo boicotava um acto Josu Jon Imaz, dirigente do Partido Nacionalista Basco. O mundo às avessas.
Independentemente do condenável que podam ser algumhas consignas ali ouvidas, resulta paradigmático o desconhecimento que grande parte da sociedade tem sobre o posicionamento política de San Gil. Esta mulher apoiou o feche de meios de comunicaçom como Egin ou Egunkaria (quando se apresentou aos galegos como defensora da liberdade de expressom), congratulou-se da supressom dos direitos civis de 20% de bascos para os que nom hai democracia e aplaudiu que em Lizartza umha vareadora do PP governe com escassos 27 votos perante os 500 da lista ganhadora (ilegalizada), esta é a sua democracia? Amais, os verdadeiros agredidos fôrom os membros do estudantado que recebêrom os embotes das forças de seguridade lá presentes (quando a polícia nom pode entrar nos Campus sem autorizaçom do reitor), nestes actos é que gastam as matrículas do estudantado?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Contigo, Galiza decide!




O vindoiro nove de Março seica hai que ir botar, para maior abastamento da nossa economia, para nom sei quantos empregos, para meter no cárcere a crianças, para defender o castelhano do galego-português, o euscara e o catalám que já devem somar entre os três mais falantes ca o espanhol... Como se pode ser tam fariseu? Como apresentar a situaçom idiomática da Galiza como um paraíso em que galego e castelhano partem da mesma situaçom? Por um acaso aqui nom houvo umha repressom difusa sobre do idioma que se estendeu durante cinco séculos? No sea bárbaro, hable castellano, ou inglês como moito.

Avonda já de nacionalismo essencialista espanhol. Se Galiza quer que se respeitem os seus direitos colectivos e os seus símbolos identitários é imprescindível que o nacionalismo galego atinja um novo papel nas Cortes, isso é indubitável e os sucessos acadados polo BNG nesta legislatura demonstra-no. Reforçar o peso do BNG nas Cortes é garantir a defesa dos interesses da Galiza, afundando no autogoverno, evitando um novo Estatuto da aldrage e loitando polo direito a produzir e viver na própria terra dos galegos. Mais força para avantar na construçom dum Estado plurinacional através da reforma do Senado e do Tribunal Constitucional. Mais força para garantir as liberdades cívicas da nossa naçom e garantir passos efectivos cara a plena igualdade entre homes e mulheres. Mais força para aprofundar no bem-estar social e criar um sistema de pensons que responda às necessidades de Galiza. Mais força para pressionar ao governo e a UE e nom ser cúmplices do Imperialismo, atingindo representaçom própria na UE cumha circunscriçom de nosso nas eleiçons europeias. Mais força para proteger a língua própria da Galiza e os nossos símbolos identitários perante os que pretendem fagocitá-los. Mais força para manter o nosso património material e imaterial, para agir na defesa do meio ambiente e evitar os desmandos e excessos da política de asfalto. Mais força para elaborar a nossa própria política energética e criar um desenvolvemento sustentável. Mais força para criar umha Galiza que decida por si mesma e seja tomada a sério como Catalunya e Euzkadi. Mais força, em fim, para sermos umha célula de universalidade na Europa dos povos, mas sem por isso renunciar ao que nos corresponde como naçom que somos. Avante Galiza! Avante BNG! Avante Paz Abraira!

« (...) “UNIDADE DA PATRIA=UNIDADE DO ESTADO”
Habitei en 4000 lugares semellantes
ao que deixo descrito anteriormente.
E dígovos que, pese por exemplo,
á eximia doña Emilia Pardo Bazán,
ao político señor Montero Ríos
e a D. Marcelino Maníaco e Patrioteiro,
vive un povo debaixo de tanta
faramalla oscurantista e anacrónica.
É aínda,
aínda,
aínda,
aínda queda algo de osíxeno no aire»,

Manuel Maria:“Poema á preguiza cotidiana reglamentaria”.

Dei gratia




Com motivo das Gerais do próximo nove de Março semelha que se desatou umha outra criminalizaçom dos nacionalismos periféricos por parte do bipartidismo monárquico PP-PE. Já nom nos estranha rem que cada pouco se elabore nos mass meia umha campanha em que se deixe bem claro que maus som os nacionalistas e independentistas, equiparando aos violentos coas forças políticas que desde a defesa da democracia clamam por um Estado plurilingüe, pluricultural e federal, se é que coa actual Constituiçom se pode agardar algo distinto ao modelo de estado centralista unificado no franquismo. A mensage de fundo que nos legam os mass meia é a de todos terroristas, mas co disfarce que convenha em cada momento. O incremento da repressom e a violência exercida sistematicamente polo aparelho repressor do Estado justifica-se ou apara-se na suposta insegurança cidadá, portanto, compre inçá-la e mesmo se fai falha meter no cárcere a crianças de apenas doze anos, tal e como propom Mariano Rajoy... qual é, pois, a democracia que desejamos?

A Constituiçom espanhola do 78 é um dos exemplos mais claros de pervivência soterrada de múltiplas consignas herdadas do regime fascista do general Franco. Para empeçar, a figura do chefe de Estado é inviolável e vem dada pola sangue azul, umha outra maneira de dizer, como nos velhos tempos, por la gracia de Dios, como recolhem os artigos 56 e 57:

« A pessoa do Rei é inviolável e nom está sujeita a responsabilidade. (...) Dos actos do Rei serám responsáveis as pessoas que os referendem [ou seja, o governo]».

Esta primazia do nosso simpático e moito abastado monarca complementa-se coa discriminaçom que sofrem as mulheres da casa de Borbom, já que herda o home e nunca a mulher. Porém isto nom é o mais grave. Segundo o artigo 1 da Constituiçom, tam sacralizada desde Madrid, a monarquia parlamentar é garantida polo exército, portanto, qualquer pronunciamento do povo que o questione será ipso facto reprimido polas Forças Armadas (artigo 8), das que o rei é o mando absoluto (artigo 62). A cousa pinta bem para perpetuar-se.

No entanto, tanta diligência pola unidade da pátria deixou coas nádegas ao ar ao Estado espanhol perante as ingerências externas, de ai que o capital estrangeiro poda, sem nengum problema, fazer-se co controlo de sectores estratégicos como a energia. Assí, a independência de Espanha face outros centros de poder nom se legislou e, já que logo, supomos que cos alçamentos estilo dous de maio (ou melhor 17 de Julho) já se garante, mas si se acentuou as defesas perante a anti-espanha, nom pode haver nem igualdade, nem liberdade de expressom plena, nem república, nem moito menos permitir o direito da autodeterminaçom dos povos como Kósova. Esta é, donas e cavaleiros, a sacra Constituiçom de todos, a Biblia do Estado espanhol, infalível e intangível. Dixi.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Que tes que facer para votar por correo nas eleccións xerais do 9 de Marzo? Consúltao aqui!




Como saberás, o vindeiro 9 de Marzo celébranse as Eleccións Xerais, unha convocatoria electoral decisiva para que Galiza conte con un maior poder político no Estado e sexamos quen de decidir sobre aquelas políticas que nos afectan. Durante todos estes anos o BNG conseguiu que Galiza existise na política estatal, que se defenderan os nosos intereses como galegas e galegos e que se avanzara nos dereitos sociais e no noso autogoberno. Mais agora é necesario que Galiza determine as políticas que se fan dende o Estado a través do BNG, e para iso as mozas e os mozos galegos debemos participar destas eleccións porque este é o mellor xeito para conquistar o noso futuro. Non podemos quedar caladas nin calados e queremos contar contigo para que o próximo 9 de Marzo penses en Galiza e apoies ao BNG. Dende Galiza Nova, organización xuvenil do BNG, queremos facerche chegar esta información para que no caso de que non te atopes no lugar no que esteas censado ou censada para ir a votar, poidas exercer o teu dereito a voto a través do correo.
PROCEDEMENTO
1. Todas e todos os que desexedes exercer o voso dereito a voto por correo debedes persoarvos (co Documento de Identidade) ante calquera Oficina de Correos, a partir do día 16 de Xaneiro até o 29 de Febreiro, e solicitar o certificado de inscrición á Delegación Provincial da Oficina do Censo Electoral (OCE) correspondente. O impreso oficial facilitarásevos nas propias oficinas de Correos.
2. Unha vez cumprimentada a solicitude, envíase por correo certificado á Delegación Provincial da OCE, que te anotará no censo de votantes por correo. O inicio da tramitación do voto por correo (aínda que despois se desista) impide o voto en mesa electoral o día das eleccións.
3. Do 22 de Xaneiro ao 28 de Febreiro comeza o prazo de exposición do censo electoral nos concellos e consulados e debes comprobar se estás inscrito.
4. No prazo comprendido entre o 19 de Febreiro e o 3 de Marzo, a OCE enviará aos solicitantes do voto por correo a documentación electoral ao enderezo que indicaron na solicitude: certificado de inscrición, papeletas e sobres electorais, enderezo da mesa en que lles corresponde votar e folla explicativa de todo o proceso.
5. Coa documentación electoral elixes a papeleta de voto e introdúcela no sobre de votación, despois métela noutro sobre co enderezo da mesa electoral, xunto coa tarxeta de inscrición no censo. Por último, todas e todos os solicitantes teñen que enviala por correo certificado e urxente até o 6 de Marzo.
TODO O PROCESO É GRATUITO.
RESIDENTES AUSENTES INSCRITOS NO CERA.
1. Os Consulados e Embaixadas expoñen as listas electorais vixentes no mesmo período que rexe para a exposición das listas do censo electoral en Galiza (do 22 de Xaneiro ao 28 de Febreiro). Durante os días seguintes, poden presentarse reclamacións ante as Delegacións Provinciais da OCE ou Consulado, sobre a inclusión ou exclusión no censo, ou instar modificacións de algúns dados persoais, debendo realizarse pola persoa interesada. As reclamacións resólvense no prazo de tres días, notificándoche a resolución e publicando as rectificacións o día 3 de Marzo.
2. Até o 16 de Febreiro as Delegacións Provinciais da Oficina do Censo Electoral envían a documentación para exercer o voto aos/ ás residentes ausentes.
3. Todos os e as residentes ausentes poden exercer o seu dereito ao voto persoalmente a través das Oficinas Consulares até o 2 de Marzo que despois tramitará o Ministerio de Asuntos Exteriores ou poden remitir o seu voto por correo certificado ata o 8 de Marzo ás Xuntas Electorais Provincias.