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segunda-feira, 30 de junho de 2008

II Assembleia Nacional do Encontro Irmandinho

II Assembleia Nacional do Encontro Irmandinho

Compostela, 28 de Junho de 2008.

Saudaçons irmaos e irmás irmandinhos/as!

O Encontro Irmandinho vem de consolidar-se após mais dum ano de percurso político para lembrar-lhes aos que querem um BNG burocrata que em Galiza o poder é popular e, daquela, do povo como ainda fai pouco lhe lembrava José Manuel Beiras à UPG. O actual grupo maioritário caminha como umha burocracia que, sem base ideológica, se vai distanciando da nossa base eleitoral tradicional e lhe vira as costas a movimentos sociais como Galiza nom se vende. O Encontro Irmandinho coida que o respeito cara as minorias é indispensável e que o BNG deve voltar ao seu lugar natural: a esquerda arredista galega que loita contra o que Beiras qualificou de «neocolonialismo interior» por meio da autonomia.
De facto, trata-se de defender umha verdadeira democracia, ou seja, de exigir um modelo de sociedade civil perante umha sociedade militarizada que está construindo umha Europa cada vez mais em sintonia co fascismo. Este é o verdadeiro debate entre a esquerda do proletário e a pseudo esquerda burguesa, entre transiçom para o socialismo e a libertaçom nacional ou a impostura ideológica dos que só estám mantendo o neoliberalismo.
As companheiras do BNG de Chantada quigemos estar presentes mais umha vez nesta cita co activismo mais coerente coa história e a ideologia do movimento nacionalista galego. Um dos reptos é conseguir que a nossa acçom seja mais visível no conjunto do BNG e mesmo na sua base social, o qual implica que dumha ou outra maneira necessitamos tamém trasladar a nossa postura a Galiza Nova e aos militantes e simpatizantes mais moços. Saúde e terra a nossa!



VIVA GALIZA CEIVE E SOCIALISTA!




SEGUEM A SER OBJECTIVOS POLÍTICOS DO ENCONTRO IRMANDINHO

A regeneraçom democrática autêntica, profunda e efectiva do BNG, o trabalho por um BNG frentista e assemblear, activo e vivo, participativo e capaz de reforçar o peso das políticas nacionalista e de esquerda nas instituiçons.

A diferenciaçom clara do projecto político, o BNG como ferramenta política e o plano da acçom institucional, o BNG como força de governo nas instituiçons autonómicas e locais, para que deixem de estar confundidos.

(Fragmento inicial da Tese de Linhas políticas II Assembleia).

terça-feira, 17 de junho de 2008

Cara os Estados Unidos de Europa


Chegou a privatizaçom da sanidade pública[1]

Ángeles Maestro

Mediante um acordo mantido em segredo, a assistência hospitalaria de 400.000 pessoas de Madrid cedeu-se a umha Uniom Temporal de Empresas, trás a que se encontra umha multinacional. Este processo de privatizaçom da sanidade vem de longe e levou-se a cabo tanto durante os governos do PSOE como do PP

A princípios de Fevereiro de este ano o Serviço Madrileno de Saúde (SERMAS) empeçou a pôr em prática o Convénio Singular firmado o 28 de Dezembro de 2006 entre este organismo e a Fundaçom Jimenez Díaz – Uniom Temporal de Empresas (UTE). Mediante este acordo, mantido em segredo até fai três meses, a assistência hospitalaria de 400.000 pessoas de Madrid, cedeu-se à citada UTE, trás a que se topa a empresa multinacional Capio, propriedade a sua vez da multinacional de capital-risco Apex Partners. Assí mesmo cedia-se à dita empresa a atençom especializada dos Centros de Especialidades de Quintana e Pontones1.

Cabe destacar que o transpasso dos edifícios e instalaçons destes Centros de Especialidades por parte do SERMAS realizou-se sem que mediara acordo algum coa Tesoureria Geral da Seguridade Social proprietária dos mesmos. Este facto tem sido denunciado perante este organismo polo Sindicato Assemblear de Sanidade e polo sindicato Co.Bas, os quais instárom a intervir a este organismo em defesa do seu património 2. Dá-se a circunstáncia de que Capio está realizando obras de acondicionamento sem licença municipal no Centro de Especialidades de Pontones, facto que tem sido denunciado ao Concelho de Madrid polos sanitários de dito Centro.

Estes feitos demarcam-se num acelerado processo de privatizaçom da sanidade pública madrilena caracterizado por:

* A Concessom Administrativa da construçom e a gestom por 30 anos dos 8 novos hospitais recentemente inaugurados a empresas privadas; a maior parte delas construtoras, que fogem assí da crise do sector. Estas empresas som: Dragados, Sacyr (dous deles), Acciona, Begar-Ploder, FCC, Hispánica y Apax Partners.

* Nestes novos hospitais, e nos novos que se projectam, o pessoal sanitário procede na sua totalidade dos hospitais públicos, que já estavam numha situaçom crónica de falha de meios, com camas nos corredores, urgências ateigadas, importantes listas de espera, etc, bem conhecida. Todos os serviços de laboratório, provas radio-diagnósticas, informática (todos os dados clínicos dos pacientes geri-os a Siemens), lavandaria, alimentaçom, etc som subcontratados com empresas privadas.

* La posta em marcha de Planes Directores nos grandes hospitales públicos: Ramón y Cajal, La Paz, Gregorio Marañón, 12 de Octubre, Hospital Cínico, etc. que suponhem umha reduçom dumha meia de 500 camas em cada em deles.

* La Lei de Acompanhamento dos Orçamentos para 2008 da Comunidade de Madrid outorga personalidade jurídica a todos os grandes hospitales, requisito para a gestom por parte de empresas privadas de todos eles.

* O anúncio realizado polo Conselheiro de Sanidade de que se ampliará ao conjunto dos centros de atençom primária e especializada o modelo de gestom privada.

Perante isto, cabe fazer-se as seguintes perguntas:

Fica garantida a qualidade da atençom sanitária?

1. Em primeiro lugar hai que ter em conta a grande sobrecarga da sanidade pública que incrementou em milhom e meio o número de usuários desde o ano 2000 a 2007, sem aumento de recursos. A abertura de novos hospitais nom suporá aumento, mas até diminuiçom de camas e nom se produzirá aumento do pessoal sanitário, que sai na sua totalidade dos antigos hospitais.

2. Em segundo lugar, a gestom privada, quer dizer, a procura prioritária do benefício – consubstancial ao modelo empresarial – implica aforro em recursos humanos e materiais e, sobretodo, selecçom de riscos. Este último princípio assenta-se sobre dum facto determinante para a assistência sanitária que praticam implacavelmente as asseguradoras privadas: 10% da populaçom – pessoas maiores e enfermos crónicos – consome 90% dos recursos. O negócio consiste em evitá-los a toda costa.

O pago por cartilha sanitária é a forma de financiamento pública às empresas que gerem a sanidade pública. A obtençom de rendabilidade está determinada pola reduçom do gasto que se obtém:

- reduzindo pessoal, diminuindo o número de especialistas e precarizando os contratos.

- incentivando economicamente aos médicos, os quais mediante as suas indicaçons, determinam o gasto para: dar altas precoces, reduzir a indicaçom, a quantidade e, sobretodo, as provas mais custosas, decidir o ingresso de pacientes ou a derivaçom dos que exigem maiores gastos a outros centros (públicos) etc.

3. Em terceiro lugar, e quiçais o assunto que em maior medida determina a aberraçom subjacente à gestom mediante empresas privadas de serviços públicos é o seguinte: a substituiçom do Direito Público polo Direito Privado na administraçom de fundos públicos. O Direito Público estabelece mecanismos de controlo e intervençom do gasto dirigidos a impedir a actuaçom arbitraria ou perversa das administraçons na gestom do património e aos fundos públicos. O Direito Privado, que regula o funcionamento do negócio empresarial, obviamente, nom os contempla. O próprio interesse empresarial, dirigido à obtençom de benefícios, com recursos próprios, procura a gestom eficiente da empresa e encarrega-se de evitar gastos supérfluos.

Ambos os dous mecanismos desaparecem na gestom privada de serviços públicos. O exemplo, em matéria sanitária, do Hospital de Alzira e das Fundaciones gallegas, que tivérom que ser resgatados da bancarrota polas Conselharias de Sanidade respectivas, som umha boa mostra.

Dous indicadores de qualidade assistencial básicos, como som: a mortalidade comparada, o índice de infecçons hospitalarias, as remissons a outros hospitales, os indicadores de pessoal/ cama, etc, e que serviriam para comparar a qualidade da atençom pública e privada, rem pode dizer-se porque nom se publicam.

A seguinte pergunta é: Como é que som legais todas estas mudanças?

Este processo de privatizaçom da sanidade vem de longe e levou-se a cabo tanto durante os governos do PSOE como do PP. A chave de todo el é a Lei de Novas Formas de Gestom, Lei 15/97 que permite a gestom privada de qualquer centro sanitário 3, votada por PP, PSOE, PNV. CiU e CC. Milheiros de pessoas tenhem assinado para pedir a sua derrogaçom 4.

Cabe concluir que se estám introduzindo cámbios decisivos na sanidade madrilena, sem que se esteja dando informaçom oficial, nem à cidadania, nem ao pessoal dos centros sanitários, sobre das avantajas dum ou outro modelo.

Está em jogo um dos serviços sociais públicos fundamentais, como a sanidade, que até o de agora garantia que, todas as pessoas – precisamente quando os necessitamos mais porque somos anciaos e/ ou temos enfermidades que demandam mais recursos – pudéramos ser devidamente atendidos.

É hora de informar-nos, debater e actuar em conseqüência para defender algo que constitui umha conquista social indispensável.

Ángeles Maestro é médica, ex deputada porta-voz de sanidade no Congresso, na actualidade membro de Corriente Roja

Notas

1. O texto completo de dito Convénio pode consultar-se em http://www.casmadrid.org/index.php?idsecc=documentos&id=40&titulo=DOCUMENTOS

2. O conteúdo do escrito pode encontrar-se em http://www.casmadrid.org/index.php?idsecc=noticias&id=681&titulo=NOTICIAS

3. O debate parlamentário de dita Lei pode consultar-se em http://www.casmadrid.org/index.php?idsecc=documentos&id=37&titulo=DOCUMENTOS

4. Aqui você pode deixar o seu abaixo-assinado: http://www.casmadrid.org/


[1] A traduçom é nossa. O artigo original em castelhano pode consultar-se em www.lahaine.org. A reflexom de Ángeles Maestro vem a confirmar as nossas suspeitas quando falávamos nestas mesmas páginas do processo de Bolonha e da decapitaçom do estado de bem-estar:

http://chantadanova.blogspot.com/2008/05/mocidade-arredista-de-chantada-contra-o.html

http://chantadanova.blogspot.com/2008/02/o-plano-bolonha-umha-outra-maneira-de.htmal

terça-feira, 10 de junho de 2008

O horizonte desdeixado: fundo e forma na esquerda. O sentido dumha Galiza “arredada” no contexto da mundializaçom

«(...) um descobre que nom hai umha soluçom individual para a angustia nem para a soidade, e aí nace a solidariedade e a paixom política», Ugio Novoneira.

O horizonte desdeixado

«Só lembrar é volver cando se lembram os sonhos», Ugio Novoneira.

Dum tempo a esta parte vimos assistindo a mais brutal perseguiçom e castraçom das opçons de esquerda, as quais devem refugiar-se em individualidades sem apenas artelhamento político ou em formaçons moi reduzidas e pouco permeáveis para a sociedade.

A esquerda revolucionária que na Galiza acadou o seu zénite nos setenta sobrevive sob siglas praticamente desconhecidas para a sociedade e a sua mensage fica totalmente criminalizada polos meia do imperialismo espanhol. Daquela, observamos como as tradicionais forças de esquerda fôrom desleixando o horizonte a prol dumha prática política possibilista que, no entanto, nom se encaminhou cara o objectivo final da esquerda senom que se empregou para apagar o discurso revolucionário da sociedade, ou seja, um outro fetiche para reforçar o controlo social.

Em 1912 constituía-se em Genebra um grupo de emigrados denominados “Os irmandinhos” que rematariam por integrar-se como um comité exterior da UPG[1]. Era umha forma de pressom ideológica exercida sobre da cúpula política desde a periferia e isto é precisamente o modelo de actuaçom que segue o Encontro Irmandinho e o Movimento pola Base no seio do BNG co objecto de definir novamente um horizonte hogano em sfumato, quer dizer, voltar falar sem tapulhos de socialismo e autodeterminaçom e colocar o BNG na vanguarda política do Estado como exemplo para as tamém desmanteladas esquerdas espanhola e portuguesa. Fazer um braço-de-ferro ao espanholismo desde umha postura ideológica inconfundivelmente esquerdista e arredista no vieiro se se quer de ERC ou a esquerda abertxale e sem obviar o diálogo, se calhar, com outras formaçons políticas de esquerda a nível mundial, especialmente coas da lusofonia e coas das naçons sem estado (Escócia, Bretanha, Babaria...).

Fundo e forma na esquerda perante os reptos do Imperialismo

O recente estouro da crise alimentar voltou demonstrar o letargo das opçons de esquerda nos centros imperialistas e Galiza, como periferia do imperialismo espanhol, é um exemplo perfeito de alienaçom dupla, dumha banda como povo e doutra como classe trabalhadora e operária adormecida.

A esquerda europeia, como já assinalamos, reduzida a um fato de nomes, os bons e generosos, sobrevive como pode observando como a pseudo-esquerda que analisa a crise alimentar omite radiografar a classe dos produtores e dos consumidores, achicando todo, co maniqueísmo extremo do posmodernismo niilista do neoliberalismo, ao biodiesel como se nom houver umha funda crise estrutural do sistema imperialista, graecum est, non legitur. De facto, «os preços dos combustíveis nom tenhem baixado a pesar do aumento em milheiros de vezes da produçom de etanol» (James Petras, 2008: 3)[2].

Assí, a classe dominante tenta paliar as desordes mundiais que ameaçam aos regimes imperialistas e às suas colónias com parches e demagogia que permita reorganizar o sistema, apostando pola opçom do nom-retorno, quer dizer, pola privatizaçom salvage, o fim do pouco que quedava do estado do bem-estar, a precaridade laboral mais absoluta (o medo goebbelssiano), a exploraçom dos povos oprimidos, o esgotamento dos recursos mundiais e a maior concentraçom de capital que se acorda. De consolidar-se o novo caminho será a fim da política e a instauraçom de oligarquias que governarám democracias de baixa intensidade desenhadas polos meia para povos alheados polo nacionalismo essencialista, paralisados polo medo e a repressom e encaminhados a simples força de trabalho educada desde abaixo no individualismo e o narcisismo mais absoluto que impida qualquer possibilidade de consciência colectiva e, portanto, de loita de classes, de género e de emancipaçom nacional.

O sentido dumha Galiza “arredada” no contexto da mundializaçom

«Embora a escola preparatória que conduz o movimento operário à vitória sobre a burguesia seja no fundo a mesma em toda a parte, este desenvolvimento realiza-se em cada país à sua maneira», (Lenine, 1920: 126).

O ferido modelo neoliberal tenta voltar recuperar a sua estabilidade inçando mais umha vez a funda fenda social, especialmente através da exploraçom das periferias do sistema. Entom, aceitar o modelo actual e hipotecar os povos e as gentes à alienaçom e à exploraçom mais salvages por meio de armas e de penas, noutras palavras, coa 'guerra preventiva' e os mass meia.

A alternativa a este modelo é a reorganizaçom das forças políticas e sociais populares e democráticas que devem, assemade, actuar em cada naçom aclimatando-se às suas particularidades, ainda que sem renunciar a alcançar o lema do Foro Social Mundial: «Globalizar a loita é globalizar a esperança», mensage fielmente reafirmada de dia para doa por homes como Camilo Nogueira ou José Manuel Beiras. No catastrófico panorama mundial, cumha crise alimentar que ameaça a milheiros de milhons de pessoas, só fica a constituiçom de blocos fortes no seio da esquerda mundial, umhas outras frentes populares que sejam democráticas, anti-imperialistas e nom patriarcais. Só assí é possível reverter a relaçom de forças a prol da classe trabalhadora.

Neste sentido, é necessário sublinhar que só um modelo político auto-centrado na Galiza pode gerir com sucesso a longa transiçom de capitalismo liberal e imperialista para o socialismo mundial, isso si, optando polo caminho do arredismo nom apenas como arela, mas tamém como ponto e final do colonialismo interior que leva assolagando Galiza mais de cinco séculos.

De facto, o nacionalismo de esquerdas (independentismo, arredismo, etc.) é a vanguarda política e necessariamente deve caminhar cara um horizonte novamente sólido e fazer que as bases compartilhem essa meta de dia para dia. Para os internacionalistas de boa fé, quer dizer, os que nom agocham o seu espanholismo sob o disfarce da pseudo-esquerda, compre recordar-lhes que a classe trabalhadora nom é um ente abstracto, senom que se materializa em realidades nacionais concretas como se demonstrou no capitalismo sem capitalistas do bloco soviético. Samir Amin (2008:7) indicava-o assí:

«(...) a importáncia das dimensons nacionais nom deve ser desestimada. Trata-se dum conceito progressista da naçom e do nacionalismo, longe de todas as naçons obscurantistas, étnicistas, religioso-fundamentalistas e chauvinistas hoje prevalecentes e que som promovidas pola estratégia do capital. Este nacionalismo progressista nom exclui a cooperaçom regional; a contrário deveria incitar à constituiçom de grandes regions que som a condiçom para umha loita eficaz contra os cinco monopólios»[3].

Entom, Samir Amin aposta por umha mundializaçom assentada em «alianças populares e democráticas que obriguem ao capital a ajustar-se ás suas exigências», ou seja, o desenvolvemento dum «mundo policêntrico autêntico» onde a nossa naçom tem que reservar o seu escano desde a loita revolucionária pola democracia e a fim da farsa mercantil chamada UE, pois o imperialismo «nom é um estádio – o estádio supremo- do capitalismo, senom que constitui o seu carácter permanente» (Samir Amin, 2008:3).

BIBLIOGRAFIA

AMIR, Samir (2008), “Capitalismo, imperialismo, mundializaçom”, www.lahaine.org (8-4-08, a traduçom é nossa).

FENTE PARADA, Antom (2008), "1º de Maio: naçom e socialismo no contexto do neoliberalismo" em http://chantadanova.blogspot.com/2008/05/1-de-maio-naom-socialismo-e.html

LENINE, Vladimir Ilitch (1920), A doença infantil do comunismo, Publicaçons Europa-América, Lisboa, 2005.


PETRAS, James (2008), “Las raíces estructurales del hambre, las crisis alimentarias y los desórdenes”, traduçom de Mar Rodríguez, http://petraslahaine.org (Abril 2008).



[1] RUBIRALTA CASAS, Fermín (1998), De Castelao a Mao. O novo nacionalismo radical galego (1959-1974): orixes, configuración e desenvolvemento inicial da UPG, Laiovento, Compostela, p.174.

[2] Para umha visom da falácia dos biocombustíveis veja-se o artigo “Ecologismo, biodiesel e soberania alimentar”, da minha autoria, em http://www.chantadanova.blogspot.com/2007/12/ecologismo-biodiesel-e-soberania.html

[3] Os cinco monopólios som: controlo das novas tecnologias, controlo dos fluxos financeiros, controlo dos recursos naturais, controlo dos meios de desinformaçom e controlo das armas de destruiçom massiva.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Umha outra doma e castraçom da Galiza

Novas com ruído

O 30 de Maio de 1631 apareceu o primeiro número do jornal La Gazzette, fundado polo cardeal Richelieu, mentor do Rei-Sol francês, anacrónico faraó. Em 1880, Jonh Swinton indicava:

«Nom existe em América imprensa livre e independente. Vocês sane-no melhor coma mim. Nengum de vocês se atreve a escrever a sua opiniom honestamente e sabem tamém que se o fam nom serám publicadas. Pagam-me um salário para que nom publique as minhas opinions e todos sabemos que se nos aventuramos a fazê-lo toparem-nos na rua imediatamente. O trabalho do jornalista é a destruiçom da verdade, a mentira patente, a perversom dos factos e a manipulaçom da opiniom [pública] ao serviço das potencias do dinheiro. Somos os instrumentos bem-ensinados dos poderosos e dos ricaços que movem as cordas trás bastidores. Os nossos talentos, as nossas faculdades e as nossas vidas pertencem- lhes. Somos PROSTITUTAS DO INTELECTO. Todo isto sabe-no vocês melhor ca mim».

O poder exerceu sempre um férreo controlo sobre da informaçom e procurou elitizá-la o máximo possível, para que só os poderosos podam informar, por exemplo co imposto do Timbre que Inglaterra estabeleceu no 1712 para perpetuar a ignoráncia do povo. Hoje parece-nos que estamos moi informados: televisom, jornais, rádio, Internet, livros... Porém, o império da notícia continua a ter os mesmos objectivos e a ignoráncia é fim último dos que procuram legitimar as suas posiçons de força: «olhos que nom vem, coraçom que nom sente». Na actualidade, opta-se pola sobre-informaçom, que gera ruído e nom verdadeiro conhecemento.


Esquematicamente, podemos analisas a relaçom entre o empório político-mediático e a Galiza segundo os seguintes critérios apontados por Iñaki Gil de San Vicente para Euzkadi[1]:

a.- Ocultismo dos problemas: a censura, a repressom policial, as razons históricas da esquerda arredista e dos que defendem os direitos individuais e colectivos em geral, versons esperpénticas de realidades e problemáticas sociais como o terrorismo empresarial ou o terrorismo machista.

b.- Versons sobre da razom de Estado na política internacional: a imprensa galega[2] criminaliza qualquer recalcitramento nacional e atafega qualquer tentativa de independência informativa co recurso à exaltaçom da inquestionável, intangível e infalível democracia espanhola.

c.- Recriaçom do nacionalismo espanhol: defesa pública e continuada do imperialismo espanhol e profundo desprezo dos traços identitários do povo galego, minimizando a sua visualizaçom por parte dos seus membros, através do seu uso só para novas relacionadas co folclore e a cultura e por meio dumha vestimenta ortográfica espanholizante para a nossa língua, o qual a fai invisível polas ruas e claramente subordinada ao espanhol na imprensa escrita, ou seja, umha língua em sapatilhas para andar pola casa dum e pouco mais[3].

d.- A image do poder ou a imprensa cor-de-rosa: de grande capacidade alienante e estoudante. É a fabrica de ignoráncia por excelência. Mediante a glorificaçom do banal, supérfluo e irrelevante nem tam sequer é preciso mentir ou ocultar realidade algumha.



[1] De facto, estes pequenos apontamentos devem-lhe moito ao seu artigo “Prensa, arma de contrainsurgencia. Guerra de baja intensidad e industria de la manipulación” que se pode topar em www.lahaine.org

[2] X.M. Beiras Torrado no Atraso económico de Galiza indica a perfeiçom como no colonialismo interior a burguesia autóctone é dependente e periférica a respeito da da metrópole e, portanto, reproduzem os esquemas da grande burguesia espanhola mimeticamente. Os ataques infundado publicados no jornal espanhol El País a Tareixa Táboas som um exemplo mais disto.

[3] Aliás, os mass meia conseguírom que o contacto co espanhol da totalidade da populaçom fosse a cote, o qual potenciou nom apenas o conhecemento do castelhano, mas tamém o seu reconhecemento como língua de prestígio e promoçom social. Nisto incidírom tamém os indianos e a perseguiçom política, um lote completo para o extermínio cultural dum povo junto à negaçom da sua história e a manipulaçom sistemática do legado dos arredistas mais notáveis da nossa terra coma Castelao, que mesmo pode ser vindicado na actualidade polo PP.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Com motivo da campanha do 25 de Julho, Dia da Pátria Galega, Galiza Nova e o BNG desenvolverám umha campanha de informaçom e reflexom por toda a nossa naçom. Encorajamos-te a assistires aos actos que se celebrarám em Pantom esta sexta-feira, 6 de Junho às 20:30 horas na Sala de Actos da Casa da Cultura.



Intervirám na mesma:
- Suso Álvarez, Porta-voz Municipal do BNG no Concelho de Pantom.
- Tereixa Paz, Vice-presidenta 1ª do Parlamento de Galiza.
- Emilio López, Delegado Provincial de Lugo de Medio Rural



Bloque Nacionalista Galego