O Dia da pátria galega ou Dia nacional da Galiza instaurou-se na II Assembleia Nacionalista celebrada em Compostela em 1919 e a primeira comemoraçom data de 1920. No entanto, a nossa “diada” verá-se paralisada em 1923 coa ditadura de Miguel Primo de Rivera e só A Nosa Terra lembrará esta data no meio das penúrias impostas pola censura:
«(...) Galiza tem tamém os mesmos direitos e nom carece das mesmas modalidades d' aqueles povos no que tenhem de manifestaçom da existência d' umha raça, d' um povo definido. E tamém as ruas galegas aparecerám hoje adornadas com bandeiras de moitas cores, algumhas d' elas firintes e molestas, e na ausência “d' aquela”, o céu galego, branco e azul, luzirá limpo e crarinho, indiferente às pomposidades oficiás de aqui abaixo. E cando chegue a noite, a noite do “Dia da Galiza”, as estrelas brilarám mais que de cote e o médio delas a estrela sempre grande, a nossa estrela, indicará mais umha vez, com ademám imperativo, o caminho a seguir» [A Nosa Terra, 27-7-1924].
A celebraçom recupera-se sob o directório de Berenguer e acarom da Diada de Catalunya e do Aberri Eguna, que botavam daquela a andar, colhe um novo pulo durante a II República espanhola. No 1934 deu-se a primeira concentraçom popular que foi desde Ferradura até a Quintana e após as arengas dos membros do PG umha marcha de mulheres acabou perante a estatua de Rosalia onde cantárom o hino nacional. Em 1935 umha folha voandeira do PG anunciava para o 25 de Julho a “Diada da Terra”, concentraçom em que se contou coa intervençom entre outros de Castelao, Outeiro Pedraio, Alexandre Bóveda, Suares Picalho, Vilar Ponte, Carvalho Calero... Ao ano seguinte a aprovaçom do Estatuto fazia prever umha grande mobilizaçom, mas a sublevaçom fascista e a guerra pugérom termo à “diada da terra”.
Na Galiza o 25 nom retomará o seu carácter político até 1968, quando a UPG se concentra na praça do Obradoiro, tomada pola polícia e o exército. Coa transiçom pactada co regime para a democracia as cousas nom mudárom substancialmente e a política repressiva do espanholismo continuou, azedando-se após o golpe de estado, obscuro onde os haja, de Tejero, Milans del Bosh e companhia. Tentava-se implantar o bipartidismo (hoje, infelizmente, quase consolidado) para a II Restauraçom bourbónica e blindar assí a monarquia, co galho de estabilizar o regime, para o que o 23-F contribuiu “casualmente” dum jeito decisivo.
O Bloco Nacionalista Galego (BNG) nasceria o 25 e 26 de Septembro de 1982, na Crunha, e poria fim às divisons e à crise do nacionalismo na altura. Em 1981 a concentraçom nom pudo aceder a praça da Quintana mais umha vez e a “sentada” da praça da Galiza foi disolta mediante umha carga policial, assí como ao ano seguinte um helicóptero ensurdecia os discursos de José Manuel Beiras e Bautista Alvares no mesmo cenário.
Quiçais seja hoje mais doado ir a um 25 de Julho, especialmente desde posiçons autonomistas, mas a política repressiva nom mudou rem e as posiçons arredistas seguem a ser perseguidas, censuradas e silenciadas.
INDEPENDÊNCIA E SOBERANIA POPULAR!