Os defensores do bilingüismo harmónico, cientificamente insostível[1], oponhem-se ou acolhem com reticências o novo decreto de ensino do galego, é dizer, tiram a carauta e ve-se-lhes a sua faciana unánime de defensa do castelhano, da asimilaçom e o monolingüismo, ou seja, que o castelhano continúe actuando como espanhol. Mas, nom só reagirom mal na Galiza os espanholistas. Em Catalunya puxerom-se coma cans porque a cultura catalá foi convidada de honra da Feira do livro de Frankfurt e nom se levarom aló os “suficiêntes” escritores em língua castelhana, porém que é entom a cultura catalá? Deveriam levar por acaso algum chino ou árabe porque em Barcelona hai gente que fala árabe e chino? Deixemo-nos de panocadas espanholeiras; a cultura dos Països Catalans tem um veículo de expressom de seu que se emprega, mal que lhes pese a alguns, em Catalunya, Andorra, València, parte de Aragón, o Roselhom e nas Baleares. No entanto, os castelhano-falantes que denunciam esta descriminaçom porque nom abrem o prémio Cervantes para além dos escritores em castelhano? O importe do prémio pagamo-lo todos com os nossos impostos e nom apenas os espanholistas. Porém, o nacionalismo esencialista e chocalheiro de Castela já levou um sério revês, um caralho como um brazo como se di na Galiza, com o fracaso estrepitoso da candidatura da Alhambra de Granada, embora a campanha mediática do nacionalismo espanhol fosse intensa... já andaram falando de conspiraçons judeu-masónicas internacionais... Contariam com o apoio disso que eles chamam “hispanidad” e gente inocente como Saramago que ainda acham que se pode chegar a acordos com os politicalhos meseteiros; coitados, nom sabem que os americanos do norte e do sul rem querem saber da sua antiga metrópole e que os portugueses apenas esquecerom episódios como Aljubarrota ou o desgoverno felipista. É que já o di o refram: “Nom as fagas, nom as temas”.
[1] Como demostran os estudos de Bastardas, Calvet ou Francisco Rodríguez, entre outros.
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